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Segunda-feira, 23 de Junho de 2008

Espalmar é poupar.

 

Podia ser um slogan para incentivar as pessoas a espalmarem as embalagens que colocam no eco-ponto para reciclar, não podia? Como: garrafas e garrafões de plástico, embalagens de leite, etc... Espalmando de facto poupam. Poupam viagens ao eco-ponto; poupam espaço no eco-ponto; poupam combustível no transporte dessas embalagens para o centro de reciclagem...
 
Mas existem outras coisas que se podem espalmar e hoje venho falar-vos de uma técnica de cultivo que consiste em espalmar árvores, a técnica da Espaldeira, ou Espalier (nome usado em Inglês e Francês).
A técnica consiste em condicionar o crescimento de uma árvore, alterando a sua forma, tornando-a bi-dimensional. O objectivo final é conseguido através de uma combinação de técnicas que incluem a enxertia e a poda criteriosa, mas a forma é conseguida essencialmente pela condução dos ramos jovens e flexíveis através de um suporte.
 
O termo tem origem na designação do suporte utilizado para treinar o crescimento da árvore: a espaldeira ou grade de ripas. Embora não pareça, devido ao seu menor volume, uma arvore conduzida pela técnica da espaldeira consegue uma captação de luz solar idêntica a outra da mesma espécie cultivada de forma natural, e consegue também uma produção idêntica de fruta. Por este motivo, a técnica foi muito popular na Europa Medieval, já que permitia a produção de fruta dentro das apertadas muralhas dos castelos da época. Mas não terá sido nessa época que a técnica foi inventada. Existem indícios que apontam para a existência da técnica em épocas muito anteriores, supondo-se que possa ter tido origem no Antigo Egipto.
 
O facto de conseguir recolher tanta luz solar, como qualquer outra árvore da mesma espécie, mas com um volume muito menor, torna estas árvores ideais para jardins pequenos, onde o espaço é precioso, mas também para se conseguir criar para efeitos decorativos inusitados (ver blog Cheiro de Mato), verdadeiras esculturas vivas. Uma árvore “espaldeirizada” (penso que este termo nem existe, mas vocês entendem-me, não?) pode ainda ser plantada junto a um muro (*) ou parede, especialmente naqueles que tiverem uma exposição solar orientada a sul (ou a Norte, para o hemisfério Sul). O muro, por um lado, reflecte a luz solar, que a árvore aproveita para absorver; por outro, retém calor que vai libertando durante a noite. Estes dois factores permitem que esta árvore consiga sobreviver em climas mais frios, onde outra da mesma espécie, mas cultivada de forma natural não conseguiria. Outra particularidade é a de os seus frutos amadurecerem mais rapidamente.

  

 Acer palmatum

 Camellia japonica

 Camellia sasanqua

 Cercis canadensis

 Chaenomeles lagenaria

 Cotoneaster sp.

 Euonymus alata

 Ficus carica

 Forsythia intermedia

 Ilex Cornuta 'Burford'

 Jasminum nudiflorum

 Juniperus chinensis 'Pfitzeriana'

 Magnolia grandiflora

 Magnolia stellata

 Malus sp.

 Photinia serrulata

 Pyracantha sp.

 Stewartia Koreana

 Taxus sp.

 Viburnum sp.

Nem todos os tipos de árvores são adequados para serem sujeitos a esta técnica, embora, em teoria, qualquer árvore de fruto possa ser uma boa candidata. A planta deve ter
ramos longos e flexíveis. Como exemplo das espécies que melhor se adaprtam à técnica da espaldeira, temos: a Ficus carica (figueira), Malus (macieira), e a Pyrus (pereira). Ao lado encontra-se uma lista 
com 20 das espécies preferidas para a aplicação desta técnica.
 
Com o passar dos tempos, várias culturas utilizaram a técnica da espaldeira e simultaneamente criaram as suas próprias variantes, principalmente no que diz respeito à forma, desde a forma horizontal, em U, em leque, em losangulo,etc.
Consulte os links abaixo para uma informação mais completa.
 
 
 
(*) Deve ser respeitada uma distância de 15 a 25 entre a planta a e o muro ou parede para permitir um correcto desenvolvimento das raízes, para permitir também a circulação de ar e o controlo de pragas.
 
 
Informação traduzida e adaptada de:
http://en.wikipedia.org/wiki/Espalier
http://commons.wikimedia.org/wiki/Espalier (imagens)
http://www.ces.ncsu.edu/depts/hort/hil/hil-619.html
http://edis.ifas.ufl.edu/pdffiles/MG/MG27300.pdf
 
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publicado por iGreen às 20:03
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Quinta-feira, 6 de Dezembro de 2007

Natal Verde - A árvore

As pessoas com preocupações ecológicas certamente já se terão perguntado qual a melhor opção em termos de impacto ambiental para a tradicional árvore de natal, certo?

Um árvore natural? Uma árvore artificial? Natural, mas proveniente de limpezas florestais? Natural, mas proveniente de quintas que as criam especificamente para esse fim?

Na minha (modesta) opinião: uma árvore natural, não! Uma arvore demora muitos anos a atingir o estado adulto pelo que não devem ser abatidas nem se deve ocupar terrenos para criação de árvores para abate sem que tenham atingido o estado adulto, já que é no estado adulto que a sua função de reciclagem do CO2 é mais eficaz. Mesmo que, nestas quintas, seja plantada uma árvore no local onde outra foi abatida, existem outros problemas como os pesticidas e fertilizantes utilizados para fazer “crescer” estas árvores. Quanto às árvores naturais, provenientes de limpezas florestais... bem , se não se importarem de todo de ter um pequeno e desengonçado pinheirinho na sala... então força! Confesso que não é o meu caso!

As arvores artificiais parecem, assim, reunir as condições para serem a melhor opção – são bonitas e duram vários anos. Mas (há sempre um mas...!), as árvores artificiais são feitas essencialmente à base de plástico ou vinil, derivados do petróleo como devem saber. Frequentemente contém chumbo. Isto significa um gasto significativo de energia na produção e eventual reciclagem (quando são recicláveis!) e um grande potencial foco de poluição.

Então em que ficamos? Sem árvore de Natal? Bem, eu tenho uma sugestão, que é a seguinte: adquirir uma árvore viva, em vaso. Não muito grande para poder crescer durante alguns anos dentro de um vaso que pode se mantido no exterior (varanda, por exemplo) durante o ano e ser trazida para dentro, para cumprir a sua função decorativa durante o mês de Dezembro (tendo em atenção que devem regar com frequência para que possa suportar a temperatura interior e secura do ar derivada dos sistemas de aquecimento de que necessitamos). Quando a árvore atingir uma dimensão que não permita mais continuar a viver dentro de um vaso escolham um local para a plantar. Quem tem jardim pode ir povoando o seu jardim, quem não tem, pode usar o jardim do seu prédio, ou de um amigo, ou um outro qualquer local (existem tantos pedaços de terreno não aproveitados nas nossas cidades) para plantar a “sua” árvore de Natal e depois fazer-lhe um visita de tempos a tempos. Giro mesmo é adquirir uma árvore para assinalar um marco importante na vida, como: a nossa primeira árvores juntos, a primeira árvore do nosso primeiro filho, etc., e ir assinalando a passagem do tempo através do crescimento da árvore.

As “árvores de Natal vivas” têm já uma expressão assinalável nos EUA, como podem comprovar explorando os links abaixo.

Recycling Your Xmas Tree

Living Tree Donation Program

Green Holiday Solution: A Living Christmas Tree

Living Christmas Trees

How to Choose a Living Christmas Tree

How to Buy a Living Christmas Tree

How To Care for a Live Christmas Tree

Selection and Care of Christmas Trees

Imagem retirada de www.treehugger.com

 

Nota: Ontém fui a uma grande superficie de bricolage, e vi lá as árvores de que falo, protegidas com uma rede para não estragar as ramagens e com as raízes bem acondicionadas. Vi também, na mesma loja, um artigo que pode ajudar bastante quem se decida por esta opção: uma base com rodas onde poderão colocar o vaso e assim facilmente deslocá-lo de um lugar para outro. Existem em madeira ou em metal.

publicado por iGreen às 22:55
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Segunda-feira, 17 de Setembro de 2007

20 mil árvores junto à A23

Castelo Branco
20 mil árvores junto à A23

O Governo Civil de Castelo Branco e a Scutvias, empresa concessionária da auto-estrada da Beira Interior, vão plantar 20.000 árvores junto à A23 nos próximos três anos. “É a maior iniciativa ambiental em que o Governo Civil já esteve envolvido até hoje”, destacou a governadora, Alzira Serrasqueiro. “Esta acção pretende contrariar os efeitos da poluição automóvel e sensibilizar as crianças e jovens para a temática da preservação ambiental”, sublinhou a governadora civil de Castelo Branco. Na iniciativa, os alunos das escolas do distrito de Castelo Branco vão ser convidados a plantar árvores nos terrenos que circundam os nós da A23, desde Gardete até Belmonte Norte. Segundo Alzira Serrasqueiro, a iniciativa deverá arrancar no último trimestre deste ano. Até final do ano, está prevista a plantação de seis mil árvores. A acção abrange 17 nós que se distribuem ao longo de 115 quilómetros da A23.

Numa primeira fase, haverá um concurso para todas as escolas do distrito, de todos os níveis de ensino, para concepção do logótipo da acção, com o objectivo de ser impresso em t-shirts que serão usadas por crianças e jovens durante a segunda fase, de plantação. “A ideia surgiu ao fazermos o balanço de outras actividades conjuntas entre o Governo Civil e a Scutvias, nomeadamente na área cultural”, explicou Alzira Serrasqueiro. “Não nos queremos substituir ao trabalho de preservação ambiental que devem ter as autarquias e as empresas. Aliás, esta iniciativa pretende servir de exemplo para outras entidades”, realçou. Para a escolha do tipo de árvores a plantar e a sua origem, a iniciativa vai contar com o apoio de serviços da administração pública ligados à floresta. A iniciativa faz parte do plano de actividades do Governo Civil de Castelo Branco para os últimos três meses de 2007.
Além de actividades ligadas à representação governamental no distrito e à articulação entre forças de segurança e protecção civil, o plano inclui ainda várias actividades pedagógicas sobre segurança rodoviária dirigidas às crianças.
Até final do ano, haverá um concurso de dramatização alusivo ao tema “Vamos dar um Passeio”, dirigido às crianças dos jardins de infância, e também o concurso “Ver e Ser Visto”, nas salas de aula e com acções de rua realizadas pelos alunos com a colaboração das forças de segurança, dirigidas à população.

in Diario As Beiras Online, 17/09/2007

Espero que este não seja um exemplo isolado. Espero que seja um exemplo a seguir junto a TODAS as auto-estradas de Portugal.

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publicado por iGreen às 21:01
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